Jonas Pereira Britto, nascido em Limeira, no dia 23 de julho de 2002, filho de Rosângela Pereira Britto e Silvio Marcelo Francisco Britto. Para a família e amigos, era um adolescente alegre e que amava ajudar o próximo. Aos 12 anos, ele se tornou uma vítima de acidente de trânsito e, por complicações, não resistiu. A história marcada pelo luto trouxe esperança de vida para outras quatro pessoas que foram salvas por um ato de solidariedade: a doação de órgãos. 

O acidente

No sábado de 20 de junho de 2015, Jonas e a mãe Rosângela decidiram passear e almoçar num shopping da cidade, ao retornarem para casa de carro foram vítimas de um acidente de trânsito. O carro onde os dois estavam foi atingido por outro que trafegava a uma velocidade de 100 km/h; o limite da via era 40 km/h. 

Os dois foram socorridos e levados ao hospital, porém Jonas apresentava um estado gravíssimo. Após uma semana internado, por conta de complicações no quadro de saúde, foi constatada a morte cerebral do adolencente.  

Decisão de doar

Após o diagnóstico neurológico, em conversa com a equipe médica, os pais chegaram à decisão de que os órgãos de Jonas seriam doados para que outras vidas pudessem ter um recomeço. Iniciou-se, então, o protocolo padrão para a doação. 

“Nosso sim não foi fácil; são sentimentos diferentes, no momento em que alguém é impactado pela perda, e de repente se vê diante de questões como ‘você vai querer doar os órgãos?’ ou ‘outra pessoa vai viver através dos órgãos do seu filho?’, então são duas decisões muito sérias e em momentos difíceis, que impactam a nossa vida”, explicou Silvio Brito, pai de Jonas.   

Esperança para quatro vidas

Para os pais do doador, o resultado da decisão da doação serviu de conforto para a família do adolescente, a partir da escolha, quatro pessoas ganharam esperança de uma nova vida, e que hoje, eternizam e dão continuidade à história de Jonas Pereira Britto.

Hoje o Brasil é o país que mais realiza transplantes, mas ainda assim há uma recusa de 45% das famílias, segundo o Ministério da Saúde, pois o procedimento necessita que a família autorize. Porém, mesmo sendo o país que mais transplanta, existem cerca de 59 mil pessoas na fila do SUS, correndo contra o tempo e aguardando uma doação. É necessário que você comunique sua família sobre sua vontade de doação, permita que outras pessoas tenham esperança e eternize sua história.

“Quando a gente ama, a gente doa, quando amamos, verdadeiramente, queremos que outras pessoas fiquem bem, queremos também que outras pessoas vivam, e hoje quatro pessoas vivem através do Jonas”, citou Silvio Britto. 

Campanha permanente

Em homenagem ao garoto e como forma de incentivo à doação, a Câmara Municipal de Limeira aprovou em 2015 a Lei N°5570 e em 2016 a Resolução Nº 638, ambas de autoria do vereador Nilton Santos (Republicanos). As normas dispõem sobre campanha permanente de conscientização da importância da doação de órgãos.