Atividade é promovida pela Comissão de Direitos Humanos do Legislativo
Em alusão ao Mês do Orgulho LGBTQIA+, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara de Limeira realiza uma exposição que conta a história do Movimento LGBTQIA+ na cidade. A mostra foi inaugurada nesta segunda-feira, 5 de junho, e fica disponível até 7 de junho, das 8h às 18h.
A abertura foi realizada pelo presidente do Legislativo, Everton Ferreira (PSD), com a declaração de que todos merecem ser tratados com respeito e dignidade. Também estiveram presentes as vereadoras Isabelly Carvalho (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e vice-presidente da Casa; Lu Bogo (PL) e Tatiane Lopes (Podemos), primeira e segunda secretárias da Mesa Diretora; e Constância Félix (PDT); e o vereador Airton do Vitório Lucato (PL).
A presidente da Comissão de Direitos Humanos destacou que a Câmara é um espaço em que todas as problemáticas da sociedade devem ser trabalhadas, dentre elas a defesa dos plenos direitos da comunidade LGBTQIA+ e o combate às violências motivadas por LGBTfobia.
Segundo Isabelly, pessoas dessa comunidade estão em desvantagem por não ter seus direitos de cidadania plenamente reconhecidos. “Carregamos a triste marca de ser o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. Pessoas trans e travestis são relegadas à expectativa de vida de 35 anos, contra 75 da população em geral, 92% da população de travestis e transsexuais tem suas vidas marcadas pela imposição de só ter a prostituição como forma de trabalho e renda. Sou um ponto fora da curva, mas não quero ser a exceção, quero ser a regra, porque a regra deve ser que tenhamos liberdade de viver, de sentir e de amar quem nós queremos”, pontuou.
A parlamentar defendeu que não é necessário ser LGBT para combater a LGBTfobia, a discriminação e as manifestações de violência contra essa comunidade e também que essas pessoas precisam ser vistas e respeitadas. “A população precisa entender que pessoas LGBTQIA+ existem na explosão material de seus corpos e estão presentes nos nossos trabalhos, nas nossas escolas, nossas igrejas e em nossos ambientes de socialização. Essas pessoas existem, e se existem, pagam impostos, são cidadãs e cidadãos. É preciso ter igualdade de direitos e é só isso o que de fato viemos pedir”, argumentou e concluiu: “Pessoas LGBT existem e são valiosas para nós”.
O evento foi organizado pela Comissão de Direitos Humanos da Casa e contou com o apoio da Escola Legislativa Paulo Freire. A mostra traz 20 fotos de momentos históricos que representam a luta por direitos da comunidade em Limeira e está exposta no Espaço Cultural Milton Ferrari, na entrada da Câmara, que fica na Rua Pedro Zaccaria, 70, Jardim Nova Itália. Para ter acesso ao prédio basta apresentar documento de identificação com foto.