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Câmara de Limeira aprova proibição de plantio de árvore tóxica no município

Projeto do vereador Dr. Júlio também autoriza o corte da Spathodea campanulata

Data de publicação: 14/03/2023 11:15 | Categoria: Institucional | Núcleo de Imprensa da Câmara Municipal de Limeira


Câmara de Limeira aprova proibição de plantio de árvore tóxica no município
Câmara de Limeira aprova proibição de plantio de árvore tóxica no município

Com a aprovação do Projeto de Lei Nº 136/2022, de autoria do vereador Dr. Júlio César Pereira (União Brasil), na sessão ordinária desta segunda-feira, 13 de março, a Câmara Municipal de Limeira autorizou a proibição da distribuição e o plantio da Spathodea campanulata na cidade de Limeira. A proposta também autoriza o corte e a poda e incentiva a substituição das árvores da espécie existentes.

De acordo com o Dr. Júlio, o projeto, na verdade, é de autoria do cidadão legislador coronel Renê César Abreu Silveira, “que é uma pessoa muito preocupada com a natureza e com os seres vivos”, afirmou. 

O parlamentar explicou que a árvore, conhecida como espatódea, bisnagueira, tulipeira-do-gabão, xixi-de-macaco ou chama-da-floresta, é de origem africana, de grande porte, é potencialmente invasiva e frequentemente tem queda de galhos podres.

Dr. Júlio destacou que o principal problema causado pela espécie é em relação à fauna, porque as flores são tóxicas e letais para abelhas e beija-flores que buscam seu néctar. “Isso causa um grande desequilíbrio ecológico, especialmente na época de florada, pois as abelhas, beija-flores e outras espécies de insetos e aves são os principais polinizadores de nossa flora, sem contar o prejuízo às pessoas que dependem da apicultura e meliponicultura como fonte de renda”, alertou.

O projeto determina que o corte da espécie estará autorizado a partir da publicação da lei e que as árvores cortadas deverão ser substituídas pelo órgão competente da Prefeitura, de acordo com normas técnicas, no prazo de 30 dias após o corte, e caso não haja espaço adequado no mesmo local, o replantio deverá ser feito em área indicada pelo órgão competente para garantir a densidade arbórea da região.

A proposta estabelece, ainda, que se a árvore estiver plantada em terreno particular, é preciso obter autorização por escrito da Secretaria de Meio Ambiente e o proprietário deverá proceder o replantio com  uma espécie nativa no mesmo local.

“A proibição do plantio desta árvore, a realização de cortes e substituição das existentes por espécies nativas que não causem mal às nossas abelhas e pássaros virão contribuir para que não exista desequilíbrio na natureza, com preservação destas e de outras espécies”, concluiu.

A proposta foi aprovada por todos os vereadores presentes no Plenário e segue para apreciação do prefeito Mario Botion (PSD), que pode sancionar ou vetar. Se sancionada, será publicada no Jornal Oficial e passa a ser lei, cabendo a regulamentação ao Executivo.