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Vereadora Isabelly Carvalho participa da oficina cultural “Bingay”

Atividade marca formatura da primeira turma da oficina Arte Brasileira Queer  

Data de publicação: 31/08/2022 10:45 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


  • Vereadora Isabelly Carvalho participa da oficina cultural “Bingay”

    Vereadora Isabelly Carvalho participa da oficina cultural “Bingay”

  • Atividade marca formatura da primeira turma da oficina Arte Brasileira Queer

    Atividade marca formatura da primeira turma da oficina Arte Brasileira Queer

    Nesta terça-feira, 30 de agosto, a vereadora Isabelly Carvalho (PT) participou do Bingay. A oficina cultural Arte Brasileira Queer foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Cultura, totalizando dez encontros de duas horas por semana, na Escola Municipal de Cultura e Artes “Maestro Mário Tintori” - Emcea. A programação começou em 28 de junho, data histórica que celebra o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+.

    O conteúdo pesquisado e ministrado para os participantes foi feito pelo oficineiro Jonathan James da Cruz, profissional licenciado em Artes Visuais pelo Centro Universitário Internacional Uninter. O palestrante tem experiências profissionais na área educacional (municipal e estadual) e nas áreas culturais, humanas e artísticas, a partir de cursos livres e de extensão acadêmica.

    “Possuindo como linha de investigação temática a historiologia artística e cultural brasileira por meio da cronologia temporal, a oficina desenvolveu conhecimentos teóricos acerca de personagens LGBTQIAPN+ que impactaram a produção de arte e cultura nacional, evidenciando não apenas seus trabalhos, mas também suas histórias, tanto de luta enquanto indivíduos políticos, como de sobrevivência e resistência aos preconceitos sexuais e de gênero de cada época”, descreveu a parlamentar.

    Referências 

    Isabelly Carvalho falou sobre as referências da oficina: “O essencial embasamento teórico provém dos livros: ‘Devassos no paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade’ (2018), do autor João Silvério Trevisan, que destrincha de maneira detalhada a história LGBTQIAPN+ brasileira até os dias atuais; ‘Descobrindo a História da Arte’ (2012), de Graça Proença, que tem conceitos artísticos narrados de forma didática e resumida e as obras da autora Katiucya Perigo, ‘Diversidade e Resistência: a construção de uma arte brasileira’ (2017) e ‘Artes visuais, história e sociedade: diálogos entre Europa e América Latina’ (2016), ambos com conotação historiográfica sobre eminências até então inéditas ao público em geral, sobre aspectos históricos e culturais, sobre a produção de arte nacional”.

    Segundo a vereadora, em um primeiro momento foi abordada a formação colonial brasileira a partir da invasão dos portugueses, destacando pontos sobre as relações de sexualidade e identidade de gênero das populações indígenas e como essas vinculações foram transformadas no processo de colonização. “A arte barroca foi discutida sob olhar das diversidades étnicas e culturais realizadas pelos artesãos e artistas do período, bem como os modelos de padronização na fase Neoclássica com a chegada da família real”.

    Os acontecimentos do Modernismo brasileiro e como essa fase artística possibilitou uma maior libertação de artistas da época também fizeram parte dos debates, informou a parlamentar, com foco nos escritores Mário de Andrade e Cassandra Rios. A produção erótica, perseguida pela censura, também foi analisada, contextualizando com a contemporaneidade e os artistas que resistiram a essa fase, como, por exemplo, Ney Matogrosso e o grupo musical andrógino Dzi Croquettes.

    “Ainda na programação, foram apresentadas as publicações do Lampião da Esquina, jornal idealizado por João Silvério Trevisan, voltado para a comunidade homossexual e o Chanacomchana, para as mulheres lésbicas, da ativista Rosely Roth, sendo proposta, a partir destas observações, a realização de uma releitura contemporânea de um veículo informativo, que, como o Lampião da Esquina, traz problemáticas e questões pertinentes a nossa comunidade LGBTQIAPN+ na conjuntura atual”, explicou a parlamentar.

    Isabelly relatou ainda que houve debate a respeito da revolta revolucionária no Ferros`s Bar; as festas e a vida noturna entre os anos 1970 e 1980; Madame Satã e a importância do espaço noturno para a comunidade do período; e o “Palácio das Princesas”, organizado por Brenda Lee no combate contra a Aids no final da década de 1980.

    “O contexto contemporâneo foi mencionado com as vitórias e conquistas da comunidade LGBTQIAPN+ nacionalmente, tanto no campo político quanto na representatividade midiática, entretanto, explicitando artistas queers atuais pouco conhecidos que merecem atenção por suas obras e mensagens. Foram apresentadas personalidades culturais e artísticas de Limeira e região, que são inspiração de luta e militância. No encerramento, foi realizada a atividade do ‘Bingay’, jogo lúdico e educativo que contempla de forma sintetizada o conteúdo desenvolvido ao longo do curso”, avaliou a vereadora.

    Do Gabinete Parlamentar - Vereadora Isabelly Carvalho (PT)

    Fotos: Gabinete Parlamentar

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