O secretário de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura, Dagoberto Guidi, participou da reunião da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara, realizada no Plenário nesta quinta-feira, 11 de agosto, e apresentou novidades em relação ao processo para construção da passarela de travessia de pedestres sobre a Rodovia Anhanguera (SP-330, km 134 + 630 metros), na altura do Bairro dos Lopes. Também esteve presente a representante do bairro, Marlene Crepaldi.

O colegiado é formado pelos vereadores Helder do Táxi (MDB), Ceará (Republicanos) e Waguinho da Santa Luzia (Cidadania), e a reunião contou ainda com a participação da vereadora Isabelly Carvalho (PT).

O secretário apresentou mensagem eletrônica enviada pelo diretor de Operações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Walter Nyakas Júnior, em 27 de julho. Conforme o dirigente da agência, o local “necessita de várias intervenções, além da implantação da passarela, com a finalidade de regularização dos acessos ali existentes, sendo estes de responsabilidade da Prefeitura e que devem também estar incluídos no planejamento municipal". 

"A CCR [Concessionária CCR AutoBAn] demonstrou que há possibilidade técnica de, em um primeiro momento, de forma emergencial, tratar somente a implantação da passarela. A Artesp, por meio da Diretoria de Investimentos, se incumbiu de oficiar ao secretário de Logística e Transportes para avaliação de atendimento a essa demanda, pois não é uma obrigação contratual da concessionária. Diante disso precisamos aguardar a tramitação e deliberação desse expediente", escreveu.

Nyakas respondia mensagem anterior do secretário sobre a possibilidade de desmembramento do projeto, com construção apenas da passarela, excluindo outros equipamentos públicos de mobilidade, a fim de reduzir os custos. "O prefeito municipal entende não ser atribuição do município a solução do problema de segurança na travessia da rodovia, nem tampouco outras melhorias na mesma, embora não se negue a fazer parte do consórcio de recursos para execução da obra", registrou Guidi em 20 de julho.

Ao avaliar a troca de mensagens, o secretário disse que entende que a Artesp assumiu um compromisso de dividir o projeto em fases e cobrar da concessionária que apresente alguma contrapartida. “O problema é nosso, mas a solução deveria ser da concessionária que arrecada rios de dinheiro nos pedágios. Mas, com essa pressão da própria Artesp, acredito que conseguimos evoluir”, disse.

Presidente da Comissão, o vereador Helder questionou sobre a possibilidade de a Prefeitura construir a obra por conta própria. O secretário respondeu que acha injusto e incorreto que a passarela seja construída exclusivamente com recursos municipais.

O vereador Waguinho criticou a falta de harmonia entre Prefeitura e o Estado, bem como a ausência de representantes da AutoBan e da Artesp na reunião. "Os poderes são distintos, mas devem trabalhar harmoniosamente pelo bem comum", defendeu.

Já a representante dos moradores ressaltou, mais uma vez, a urgência da construção da passarela. "Por favor, não desistam!", pediu Marlene . “Não vamos perder a esperança”, respondeu o vereador Ceará.

Chácaras de recreio

O tema chácaras de recreio também foi retomado pela Comissão, com a participação de munícipes da região rural de Limeira nesta reunião.

Helder apontou que há setores e opiniões divergentes e o papel dos vereadores é mediar a situação. “Não estamos do lado 'a' nem do lado 'b'. Estamos aqui para representar todos os habitantes de Limeira”, afirmou Helder.

Uma audiência pública para tratar do tema - e dar voz para todos os lados - será realizada no dia 22 de setembro, às 18h, no Plenário da Câmara. Serão convidados para participar, além de munícipes, secretários municipais de Meio Ambiente, Assuntos Jurídicos e Urbanismo, Ministério Público, Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), concessionárias de serviços públicos BRK Ambiental (água e esgoto) e Neoenergia Elektro (energia elétrica) e representantes dos cartórios de imóveis.