O presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Everton Ferreira (PSD), protocolou nesta terça-feira, 14 de junho, o Requerimento Nº 364/2022, em que questiona a Prefeitura sobre a chamada varíola dos macacos, a qual tem causado alerta na comunidade científica e gerado questionamentos entre a população. "Estamos vivenciando um surto da varíola do macaco desde o mês de maio de 2022, que é um vírus existente há mais de 50 anos no continente africano", apresentou o parlamentar.

Everton pergunta ao Executivo municipal quais ações preventivas que a população limeirense pode adotar e quais medidas que o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde estão planejando ou executando.

Segundo o site Poder 360, o primeiro caso humano foi registrado nos anos 1970, na República Democrática do Congo. "Mas o vírus foi descoberto em 1958 em um surto de macacos infectados - a doença recebeu seu nome por causa desse episódio. A origem do patógeno, no entanto, é atribuída a roedores", noticiou o portal.

Conforme o vereador, a varíola do macaco é uma zoonose viral, uma doença infecciosa e rara e é causada pelo vírus da varíola símia. "Este vírus é membro da família de Orthopoxvirus, a mesma do vírus da varíola, doença já erradicada entre os seres humanos", explicou Everton.

O parlamentar explicou que existem dois tipos de varíola: "varíola major que é a mais letal da doença, cerca de 30% apresenta uma letalidade, e a varíola minor é mais branda, com uma letalidade inferior de 1%."

O vereador esclareceu que a transmissão da varíola do macaco é feita principalmente de animais para pessoas, por meio de mordidas de roedores infectados, consumo de carne mal cozida de animais infectados ou contato com secreções ou sangue de animais infectados. "Porém, é possível que tenha a transmissão de uma pessoa para outra, por inalação de gotículas respiratórias, por contato direto. Vestuários ou roupas de cama contaminados também podem transmitir a infecção", apontou Everton.

De acordo com o parlamentar, geralmente os sintomas da varíola são similares aos de gripe, tais como: dores de cabeça, dores musculares, arrepios, calafrios, febre, porém quando o vírus se espalha, afetando o sistema linfático, surgem as manchas avermelhadas, erupções cutâneas, linfonodos inchados. "Os sintomas costumam surgir cerca de cinco a 21 dias, após o contato com o vírus, e duram entre 14 a 21 dias", afirmou. "Em relação ao tratamento médico, é importante que na presença de sinais e sintomas indicativos de varíola dos macacos, a pessoa se dirija até o hospital para que seja monitorada", defendeu. 

Segundo informou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a pasta está em contato com a Organização Panamericana da Saúde (Opas) para avaliar a compra de doses de vacinas, pois no momento não há plano vacinal.

O país já tem três notificações dos casos de varíola dos macacos, informou o canal CNN, na noite de 12 de junho. Segundo o portal de notícias UOL, "o Ministério da Saúde definiu que será obrigatória a notificação de casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil. Assim, profissionais de saúde deverão comunicar tanto à pasta quanto às secretarias municipais e estaduais de Saúde o mais rápido possível."

"Temos que estar em alerta com o vírus, apesar de ser uma doença autolimitante, as medidas preventivas devem ser avançadas para não haver graves consequências", afirmou o vereador Everton.

Do Gabinete Parlamentar - Vereador Everton Ferreira (PSD)

Foto: Gabinete Parlamentar

As matérias de origem dos Gabinetes Parlamentares são de inteira responsabilidade dos parlamentares e de suas assessorias. São devidamente assinadas e não refletem, necessariamente, a opinião institucional da Câmara Municipal de Limeira.