Caso o munícipe limeirense tenha a necessidade de se fazer uma poda de árvore, deve realizar o pedido por meio do Serviço 156, da Prefeitura Municipal. O chamado pode ser feito por telefone, pelo site ou por aplicativo de celular. Com esse contato, a Prefeitura poderá aprovar ou não a poda, ou solicitar que o serviço seja feito pela concessionária de distribuição de energia elétrica, no caso a empresa Elektro, se envolver a fiação elétrica.

As informações foram repassadas na reunião extraordinária da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara, nesta terça-feira, 5 de outubro, pelos secretários municipais Simone Zambuzi (Meio Ambiente e Agricultura) e Dagoberto Guidi (Obras e Serviços Públicos), e pelos representantes da Elektro Eduardo Zornoff (diretor institucional) e Ricardo Fioravante (supervisor).

Também estiveram presentes os três membros do colegiado Helder do Táxi (MDB), presidente; Ceará (Republicanos), vice-presidente; e Waguinho da Santa Luzia (Cidadania), secretário; além dos vereadores Constância Félix (PDT) e Marco Xavier (Cidadania).

Segundo a legislação municipal (Lei Nº 5999/2018), tanto a poda como a supressão da vegetação de porte arbóreo, excluídas as localizadas em áreas de preservação permanente, em propriedade pública ou privada, somente é permitida com autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura. Além disso, somente equipes autorizadas pela Prefeitura podem fazer a remoção e poda de árvores.

O diretor da Elektro, Eduardo Zornoff, defendeu a convivência harmoniosa entre a rede elétrica e a arborização, apesar de reconhecer as dificuldades, já que o manejo inadequado, a presença de espécies impróprias e outros fatores interferem nessa coabitação. Segundo ele, tanto a concessionária quanto as secretarias municipais têm atuado conjuntamente para resolver problemas de conflito de árvores com a rede elétrica, seja por meio do serviço de poda, como pela supressão do indivíduo arbóreo, quando necessário. 

De acordo com a secretária de Meio Ambiente e Agricultura, Simone Zambuzi, atualmente existem em Limeira aproximadamente 76 mil árvores, das quais cerca de 2.300 apresentam algum problema e serão substituídas.

Conforme o secretário Dagoberto, foram realizadas, no ano de 2021, até agora, 6.840 podas. Para executar esse serviço, a Prefeitura dispõe de três equipes diárias e uma de remoção. Já a Elektro, informou o representante da concessionária, possui duas equipes preventivas para atuar diariamente.

Em resposta ao Requerimento Nº 37/2021, do vereador Waguinho da Santa Luzia, a Prefeitura informou que, por meio do canal 156, o Executivo "repassou à Elektro entre os anos de 2019 e 2020 aproximadamente 180 solicitações de munícipes, cujas podas não puderam ser efetuadas pela empresa terceirizada que presta esse tipo de serviço ao poder público, em função da proximidade ou conflito dos galhos com a fiação elétrica".

Um problema levantado pelo vereador Helder é a falta de recolhimento de galhos após a poda. De acordo com Zornoff, esse problema se deve ao número reduzido de equipes e a necessidade de a empresa atender muitas ocorrências emergenciais. Além disso, ele também reconheceu uma falta de comunicação entre as equipes de poda e de recolha.

O secretário Dagoberto apresentou ainda algumas sugestões para a empresa concessionária, com o intuito de diminuir a necessidade de poda de árvores. Ele pediu para a empresa investir mais e ampliar a transformação da rede aérea convencional em redes áreas protegidas (condutores trançados) e redes isoladas (subterrâneas) de distribuição de energia, o que evitaria a necessidade de poda e as quedas de energia.

Já o vereador Ceará sugeriu uma fiscalização mais efetiva da concessionária para resolver o problema de fios soltos. Segundo Zornoff, há um grupo formado pela Prefeitura, Elektro e empresas que compartilham os postes e as redes para gerenciar o uso da fiação e, quando necessário, a Elektro, responsável por esse sistema, notifica alguma ação irregular dessas empresas.

A Comissão de Obras e Serviços Públicos é responsável por fiscalizar obras e serviços públicos realizados ou prestados pelo município, bem como os planos habitacionais elaborados ou executados pelo poder público.