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Após denúncia do Dr. Júlio, MP instaura inquérito para apurar subsídio do ônibus

Vereador aponta pagamento indevido de R$ 18,1 milhões

Data de publicação: 22/06/2021 15:30 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Após denúncia do Dr. Júlio, MP instaura inquérito para apurar subsídio do ônibus
Após denúncia do Dr. Júlio, MP instaura inquérito para apurar subsídio do ônibus

Com base em representação e estudo feitos pelo vereador Júlio César Pereira dos Santos, o Dr. Júlio (DEM), o Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil para apurar eventuais irregularidades nos repasses do subsídio financeiro feitos ao transporte público coletivo de Limeira a partir da intervenção realizada pela Prefeitura, em valores acima do permitido em lei e que podem ultrapassar R$ 18 milhões. O parlamentar apontou um repasse a maior de R$ 18,1 milhões durante a intervenção realizada pela Prefeitura de Limeira na Viação Limeirense entre abril de 2017 e meados de fevereiro de 2020.

Na portaria que instaurou o inquérito civil, a 6ª Promotora de Justiça de Limeira, Débora Bertolini Ferreira Simonetti, considerou, além da denúncia do vereador, as informações apresentadas pela Prefeitura de Limeira, cujos argumentos, conforme a Promotoria, foram “inconclusivos”.

Em coletiva de imprensa no dia 31 de maio, Dr. Júlio afirmou que os limites do subsídio devem ser até 15% da tarifa por passageiro, conforme previsto na Lei nº 5.136/2013 (Lei do Subsídio). Com a aprovação da Lei nº 5.843/2017, que autorizou a destinação do subsídio à intervenção, este limite foi mantido, mas a Prefeitura começou, por conta própria, a repassar valores complementares à Viação Limeirense.

Como exemplo, o parlamentar trouxe os pagamentos efetuados em janeiro de 2020. Naquele mês, apontou Dr. Júlio, a Prefeitura repassou R$ 461,9 mil referentes ao subsídio e R$ 220 mil ao transporte de passageiros com deficiência. Segundo ele, houve, no entanto, o pagamento de R$ 2,4 milhões que seria de um valor complementar por conta da Lei nº 5.843/2017 e do Decreto 140/2017, ambos da intervenção.

“Ocorre que esse valor de R$ 2,4 milhões foi repassado a maior, pois em nenhum momento houve a autorização de pagamentos complementares. A lei apenas autorizou a Prefeitura a efetuar a destinação orçamentária do subsídio financeiro para o transporte coletivo urbano na intervenção”, disse Dr. Júlio.

O vereador apurou que, entre abril de 2017 e meados de fevereiro de 2020, período da intervenção na Viação Limeirense, houve o repasse total de R$ 42,4 milhões para o transporte público, dos quais R$ 18,1 milhões de forma irregular. “A Lei nº 5.843/2017 somente autorizou a destinação do subsídio à intervenção, mantendo o limite de 15% da tarifa por passageiro e nunca tratando de valores complementares”, declarou.

A Promotoria de Justiça irá solicitar agora que o Município de Limeira preste informações, no prazo de 30 dias, sobre os repasses eventualmente maiores que o permitido em lei. E também que seja dado conhecimento do caso à Câmara Municipal.

Contrato emergencial

Outra denúncia feita pelo Dr. Júlio é em relação aos repasses do subsídio feitos durante o contrato emergencial com a Sancetur – Santa Cecília Turismo. Conforme o vereador, entre setembro de 2020 e março deste ano, o pagamento indevido chegaria a R$ 4,4 milhões. O MP avalia a representação para decidir sobre a instauração de novo inquérito civil.

*Informações do Gabinete Parlamentar