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Comissão de Obras repercute ofício da Sancetur que indica suspensão do serviço

Vereadores se reuniram nesta quinta-feira (10/6) e fizeram críticas à empresa e Prefeitura

Data de publicação: 10/06/2021 17:00 | Categoria: Institucional | Núcleo de Imprensa da Câmara Municipal de Limeira


Comissão de Obras repercute ofício da Sancetur que indica suspensão do serviço
Comissão de Obras repercute ofício da Sancetur que indica suspensão do serviço

O ofício da Sancetur, empresa que opera em caráter emergencial o transporte coletivo de Limeira, enviado à Prefeitura, no qual informa que poderá suspender o serviço com o possível fim do pagamento do subsídio, repercutiu na reunião da Comissão de Obras e Serviços Públicos, nesta quinta-feira, 10 de junho.

Para promover a licitação do sistema, em caráter permanente, e garantir o subsídio, o Executivo protocolou o Projeto de Lei (PL) Nº 78/2021, em 17 de maio, que trata sobre medidas no serviço de transporte público coletivo e abre crédito adicional suplementar ao orçamento de R$ 20 milhões.

O presidente da Comissão, vereador Helder do Táxi (MDB), afirmou que o projeto tramita regularmente na Casa e nas comissões e não aceita pressão da concessionária e da empresa para aprovar o projeto. "Não vamos nos curvar por pressão. Vamos estudar o projeto, por ser um valor tão alto ele precisa ser muito bem estudado sim", informou. Helder também defendeu que a matéria não seja apreciada em sessão extraordinária. "Essa comissão é contrária, por unanimidade, a qualquer sessão extraordinária para tratar desse tema."

Ele ressaltou que muitas empresas da cidade foram afetadas pela pandemia, e a concessionária de transporte público não foi a única. "Não podemos nos pautar por pressão, mas pelo compromisso com a população", garantiu Helder.

O presidente do colegiado reforçou que a concessionária precisa ainda melhorar o serviço, como mais ofertas de linhas e de horários dos ônibus. “Mesmo com o subsídio anterior, de R$ 10 milhões, pouco se melhorou e a reclamação aumentou muito”, denunciou.

Projeto

O PL já havia recebido pareceres favoráveis das Comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e Orçamento e Finanças. Enquanto tramitava na Comissão de Obras ficou em estudo, por decisão do relator, vereador Ceará (Republicanos). No entanto, após receber emendas de dois vereadores - Dr. Júlio (DEM) e Ceará -, a proposta voltou para a CCJR, onde está em tramitação desde 1º de junho.

O projeto tem 45 dias para tramitar por ser de origem do Executivo, e o prazo se encerra no dia 1º de julho. Segundo o Regimento Interno da Câmara, "o regime de urgência implica redução dos prazos regimentais e se aplica somente aos projetos de autoria do Executivo submetidos ao prazo de até 45 dias para apreciação". Após essa data, o projeto passa a sobrestar a pauta da Ordem do Dia da sessão ordinária subsequente.

Repercussão

Por sua vez, o vereador Waguinho da Santa Luzia (Cidadania) se manifestou em relação ao tratamento entre os poderes. Ele considerou que a Câmara não pode ser pressionada a votar em regime de urgência especial a fim de solucionar um problema criado pelo Executivo. "O que me estranha é o Executivo querer colocar esse projeto goela abaixo e transferir essa responsabilidade que não é nossa", disse.

Ele lembrou que a Prefeitura promoveu uma intervenção na antiga operadora do sistema de transporte coletivo durante três anos e também, em sua opinião, demorou muito tempo para apresentar o Plano de Mobilidade. "Vender para a população que, se a cidade ficar sem o transporte, a responsabilidade é dos vereadores, não dá para a Câmara Municipal aceitar isso. Porque da mesma forma que o prefeito fez um contrato emergencial lá atrás, ele pode muito bem intervir nesse contrato. Se a Sancetur não quiser ficar nessa cidade, que vá embora", declarou.

Waguinho sugeriu que o projeto poderia ter sido enviado de forma fatiada, com uma proposição voltada para resolver a licitação do sistema, com orçamento de R$ 6 milhões, e outra para tratar do subsídio com orçamento de R$ 14 milhões.

Por fim, o vereador Ceará disse que o Executivo não pode tratar o Legislativo como seu subordinado, pois os vereadores possuem independência e compromisso com o povo. "Eu, por exemplo, posso até votar a favor do subsídio, isso é previsto no contrato, mas da forma que eles querem impor é que não dá para aceitar”, falou.

Comissão

O colegiado também apreciou duas proposições, conforme a ata da reunião.

A Comissão de Obras, Serviços Públicos, Planejamento, Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo é composta pelos vereadores Helder do Táxi, presidente; Ceará, vice-presidente; e Waguinho da Santa Luzia, secretário; e é responsável por fiscalizar obras e serviços públicos realizados ou prestados pelo município, bem como os planos habitacionais elaborados ou executados pelo poder público. 

A reunião foi realizada de forma online, em consonância com as determinações do Plano São Paulo de combate ao coronavírus e ao Ato da Mesa Nº 8/2021.