A Câmara Municipal de Limeira aprovou, na sessão ordinária desta segunda-feira, 5 de abril, a Moção de Protesto Nº 48/2021, de iniciativa dos vereadores Waguinho da Santa Luzia (Cidadania), Marco Xavier(Cidadania) e João Bano (Podemos), contra a ação de duas agentes da Vigilância Sanitária na Igreja Jesus Cristo Bom Pastor, no bairro Jardim do Lago. No dia 2 de abril, as servidoras, acompanhadas de guardas civis municipais, estiveram na igreja e determinaram o fechamento da instituição. Além disso, o padre da paróquia, Júlio Barbado, foi conduzido até a delegacia para prestar esclarecimento.

"Não apresentaram qualquer justificativa razoável ou fundamentação legal para tanto, ou seja, não souberam informar qual dispositivo legal dos decretos", explicou o autor do protesto. Segundo Waguinho, tanto o Decreto Estadual nº 65.563, de 11 de março de 2021, quanto o Decreto Municipal nº 92, de 19 de março de 2021, não impedem a abertura de templos religiosos, mas sim a realização de cultos, missas e demais atividades religiosas de caráter coletivo.

O parlamentar assegurou ainda que no dia 2 de abril, Sexta-Feira Santa, não havia a promoção de qualquer evento religioso e aglomeração. "Em nenhum momento o padre Júlio Barbado desrespeitou as agentes da Vigilância Sanitária ou violou qualquer dispositivo dos decretos estadual e municipal", afirmou Waguinho. "A Sexta-Feira Santa é um marco na Igreja Católica e o padre Júlio foi pego de surpresa por agentes da nossa Vigilância Sanitária por um ato de autoritarismo. É um absurdo que está acontecendo no nosso município, aqui fica meu repúdio", protestou durante a votação da moção. "Em todos os momentos a igreja não se furtou em seguir as orientações pedidas nessa pandemia."

*Informações do Gabinete Parlamentar