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Comissão de Saúde arquiva denúncia de suposta falta de oxigênio em URC

Relatório final apontou ausência de fato concreto em caso relatado em 2020

Data de publicação: 19/03/2021 12:30 | Categoria: Institucional | Núcleo de Imprensa da Câmara Municipal de Limeira


Comissão de Saúde arquiva denúncia de suposta falta de oxigênio em URC
Comissão de Saúde arquiva denúncia de suposta falta de oxigênio em URC

A Comissão de Saúde, Lazer, Esporte e Turismo apreciou nesta sexta-feira, 19 de março, o relatório final acerca de denúncia de possível ocorrência de falta de oxigênio na Unidade de Referência Coronavírus (URC). O documento, aprovado em reunião extraordinária, foi elaborado pela vice-presidente do colegiado, Lu Bogo (PL), relatora do caso, e deliberou pelo arquivamento da denúncia.    

O fato apurado foi oficialmente relatado à Comissão em 2020, pelo ex-vereador Dr. Rafael Camargo (MDB). No pedido de apuração, foi denunciado suposto problema na válvula do sistema de oxigênio da unidade que é referência em Limeira no atendimento de pacientes com quadros mais graves de covid-19. O evento teria ocorrido em 20 de junho do ano passado e ocasionado a falta de oxigênio por aproximadamente três horas na unidade. 

Na mesma época, cientes da denúncia, os membros do colegiado solicitaram esclarecimentos e uma série de informações à Prefeitura, como dados do contrato da empresa fornecedora de oxigênio, registro de manutenção dos equipamentos e laudos técnicos, além de detalhes sobre os óbitos registrados entre os dias 21 e 25 de junho de 2020.

Na resposta enviada pelo Executivo e citada no relatório da Comissão, o secretário Municipal de Saúde, Vitor Santos, destacou que “em nenhum momento de todo o período de atividade da URC houve falta de oxigênio.” O ofício assinado pelo secretário destacou: “os alarmes sonoros dos ventiladores mecânicos são acionados sempre que ocorre a alteração no fluxo; todas as medidas de contingência foram acionadas por prevenção, notando-se que a rede de distribuição de oxigênio estava normal. ”  

O Hospital Sociedade Operária Humanitária também disponibilizou documentos comprobatórios ao colegiado e esclareceu sobre a regularidade de entrega dos cilindros de oxigênio medicinal desde o início das atividades da URC. A unidade hospitalar entregou os relatórios de manutenção preventiva do serviço e citou que mantém contrato para assistência técnica e fornecimento de cilindros de oxigênio medicinal e outros produtos (oxigênio líquido, nitrogênio, ar comprimido etc.) com a empresa Linde Gases Ltda.   

“Não houve qualquer falta de oxigênio na URC, como também não houve em todo o hospital ou qualquer ocorrência dessa ordem aos pacientes que se encontravam em ventilação mecânica”, enfatizou o relatório da Comissão, em referência às informações prestadas pelo hospital Humanitária.  

Ausência de fato concreto

Na conclusão do relatório, a vereadora Lu Bogo informou que no decorrer do trabalho investigativo nenhuma informação nesse sentido da denúncia foi apresentada. “Por tudo o quanto exposto, não há outro caminho ao presente processo que não seja seu arquivamento, pois a alegada falta de oxigênio, no dia 20 de junho de 2020, não passou de mera narrativa de quem procurou, naquela ocasião, o então vereador Rafael Camargo”, apontou. Ela considerou ainda a importância de o ex-vereador, como médico, ter levado a questão à Comissão. 

Por fim, a relatoria apontou a ausência de fato concreto a ser apurado e de pessoas, direta ou indiretamente, envolvidas no trabalho da Unidade de Referência instalada no Hospital Sociedade Operária Humanitária a serem investigadas. 

O pedido de arquivamento foi apreciado e aprovado durante a reunião da Comissão. Fazem parte do colegiado os vereadores Everton Ferreira (PSD), presidente; Lu Bogo (PL), vice-presidente; e Marco Xavier (Cidadania), secretário.