Vereador Dr. Rafael Camargo registrou preocupação com falta de leitos na URC de Limeira
Na reunião desta quinta-feira, 16 de julho, a Comissão de Saúde da Câmara abordou a infraestrutura e o atendimento para pacientes de Covid-19 em Limeira. O presidente em exercício, Dr. Rafael Camargo (MDB), registrou preocupação acerca da “falta de leitos para pacientes do SUS com coronavírus na URC [Unidade de Referência Coronavírus], que estão internados no pronto-socorro à espera de leitos na enfermaria”. Ele criticou a centralização da Prefeitura para realização de testes de detecção do vírus. Os apontamentos feitos pelo parlamentar serão questionados à Prefeitura.
Segundo Dr. Rafael Camargo, o “prefeito se mostra despreparado na condução do enfrentamento da pandemia na cidade”. Descreveu que grande parte dos pacientes, que passaram pelo pronto-socorro com suspeita de coronavírus e foram notificados há mais de 30 dias, não recebeu contato da Prefeitura para a coleta do exame. “É triste ver a situação próxima ao colapso na cidade, enquanto o Prefeito contratou quatro comissionados com subsídios no valor em torno de R$ 20 mil, nos últimos dias”, disse o vereador, ao citar falhas na saúde.
Outro ponto apresentado por Dr. Rafael foi referente à realização dos testes rápidos para detecção do vírus em casos suspeitos. O vereador afirmou que foram comprados aproximadamente 20 mil testes, o que, de acordo com ele, é pouco para uma cidade do porte de Limeira. “Sendo que já foram utilizados 15 mil testes, deixando cinco mil testes para serem utilizados no mutirão em frente à Humanitária, que servem muito mais como propaganda política do que controle da doença”.
Ainda durante a reunião da Comissão de Saúde, ele informou que para “parte dos testes-rápidos que são feitos pela Prefeitura, depois quando realizados novos testes pelos laboratórios, o resultado é contrário”. Também acrescentou: “é um absurdo ter a centralização de realização de testes, pois o SUS recomenda a descentralização, para evitar o acúmulo de pessoas no local”. O parlamentar descreveu que a coleta do teste pode ser feita em qualquer unidade de saúde, nos diversos bairros da cidade, evitando, assim, qualquer aglomeração.
Antes de encerrar a reunião, o presidente em exercício citou “o número reduzido da frota de ônibus, que resulta na lotação e aumenta o risco de contágio entre os usuários”.
Também fazem parte do colegiado Dra. Mayra Costa (Cidadania) e Lu Bogo (PL). As questões apresentadas pelo parlamentar à Comissão serão encaminhadas à Prefeitura para esclarecimentos.