Crédito emergencial e subdivisão da região de Piracicaba em microrregiões também foram pauta de reunião
Valorização do comércio local e da indústria de Limeira. Esse foi o principal assunto tratado na reunião da Frente Parlamentar de Ações Preventivas e Impactos Econômicos da Câmara desta quinta-feira, 16 de julho, que contou com a participação do presidente da Associação Comercial e Industrial de Limeira (Acil), José Mário Bozza Gazzetta, e Renato Laranjeira, primeiro vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Também foram discutidas alternativas de crédito para socorro do comércio e subdivisão da região de Piracicaba em microrregiões.
Segundo o presidente da Acil, para aquecer o mercado, é necessário mudar a mentalidade da população para valorizar o comércio de Limeira e gerar emprego e renda na cidade. “O comércio local de gêneros não essenciais é o que mais sofre com a pandemia, grandes magazines vão sobreviver à crise, mas os comerciantes da região estão sofrendo, se você andar no centro de Limeira vai ver muitas lojas fechadas, com placas de aluga-se”, argumentou.
Quanto à conscientização, ele afirmou que a Acil está realizando campanhas para isso, como a produção de dois vídeos, um sobre o comércio e outro sobre a indústria, e que esses vídeos estão sendo amplamente divulgados em toda a região. Outra atitude tomada pela Acil foi a doação de 10 mil máscaras para serem distribuídas pelos comerciantes para a população, bem como cartazes explicativos sobre a importância do uso de máscaras para prevenir o contágio do coronavírus.
Dificuldade de acesso a crédito
Gazzetta também destacou na reunião a dificuldade de comerciantes terem acesso aos créditos do auxílio emergencial junto aos bancos. Segundo ele, a Acil está realizando um projeto em conjunto com uma cooperativa local para disponibilizar a linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) aos associados da entidade. Essa linha de financiamento do Governo Federal permitirá que o comerciante solicite o valor de até 30% do faturamento da empresa em 2019, com prazo de pagamento de até 36 meses e taxa de juros reduzida.
Subdivisão em microrregião
Segundo Gazzeta, os comerciantes de Limeira estão preparados para atender todas as exigências impostas para realizarem a abertura do comércio com segurança, mas que a abertura do comércio não depende apenas de Limeira, e sim de Piracicaba, região da qual Limeira faz parte.
Ele contou aos vereadores que, por meio da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), a Acil solicitou que as microrregiões sejam separadas. “Se Piracicaba não abre, nós também não podemos abrir, é injusto que cidades como Limeira, Cordeirópolis e Santa Bárbara, que tem um número reduzido de mortes, sejam penalizadas sem poder abrir o comércio, por isso a separação por microrregião é necessária”, justificou.
Próximos passos
O vereador Wagner Barbosa (PTB), presidente do colegiado, ressaltou a importância da participação da Acil e da Ciesp nas reuniões para debater as possíveis soluções aos problemas econômicos enfrentados na cidade em razão da pandemia e propôs que seja feito um ofício pela Acil e pela Fiesp para a Frente Parlamentar, com as demandas apresentadas na reunião, para que sejam anexadas aos documentos que serão encaminhados pelos parlamentares às instituições competentes.
Os vereadores também agendaram nova reunião do colegiado para o dia 6 de agosto, às 10 horas, para dar continuidade aos trabalhos.
Frente Parlamentar
A Frente Parlamentar de Ações Preventivas e Impactos Econômicos da Covid-19 foi constituída em 28 de maio, por meio do Ato da Mesa Nº 9/2020, e é integrada pelos vereadores: Wagner Barbosa (PTB), Carolina Pontes (PSDB), Mir do Lanche (PL), Clayton Silva (PTC), Constância Félix (PTB), Erika Tank (PL), Estevão Nogueira (PSC), Helder do Táxi (MDB), Zé da Mix (PSD), Lu Bogo (PL), Nilton Santos (Republicanos) e Dr. Rafael Camargo (MDB).
Em atendimento ao Ato da Mesa nº 8/2020, as reuniões do colegiado acontecem por videoconferência, como forma de dar continuidade aos trabalhos parlamentares durante a emergência em saúde causada pelo coronavírus.