A possível demissão dos cobradores de ônibus da empresa Limeirense, com a administração do transporte público municipal pela empresa Sancetur, em regime de contrato emergencial, foi tema da Tribuna Livre pelas funcionárias Rosalina Aparecida de Sales e Lucinda Almeida Oliveira, na sessão realizada nessa segunda-feira, 3 de fevereiro. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano de Limeira (Sindttrul), Alex Aparecido de Oliveira, também usou a Tribuna para falar sobre a situação dos trabalhadores do transporte, motoristas e cobradores.

A primeira a utilizar a Tribuna foi Rosalina Sales. Para ela, a possível demissão dos cobradores sobrecarregará os motoristas que passarão a exercer duas funções, tornando o trabalho desgastante e estressante, podendo provocar o adoecimento desses. Sales alegou que Limeira precisa e merece um transporte de melhor qualidade, no entanto, a empresa a prestar esse serviço deve respeitar os trabalhadores e os passageiros que utilizam os ônibus. “Tem muita mãe com filhos desempregados em casa, precisam do emprego para continuar a sustentar suas casas e família”, enfatizou.

Lucinda Almeida foi a segunda a fazer uso da Tribuna, ela relatou que muitos funcionários estão sendo coagidos pela atual gestão a pedir o acordo para desligamento da empresa. “Temos áudios e relatos que comprovam que estamos sendo pressionados, e ainda estão nos dizendo que, se não fizermos o acordo, não receberemos pelo nosso tempo de trabalho”, contou.

Durante discurso, Almeida chegou a pedir a reabertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público aos vereadores.

Por fim, o presidente do Sindttrul, Alex Oliveira, subiu à Tribuna após convite do presidente do Legislativo, Sidney Pascotto, Lemão da Jeová Rafá (PSC). De acordo com Oliveira, o sindicato não está intervindo na realização dos acordos, pois não sabe como será em caso de desligamentos. “O funcionário fica se sentindo oprimido, mas pelo menos recebe alguma coisa”, justificou.

Ainda, segundo Oliveira, o Sindttrul está lutando para manter todos os funcionários na gestão da Sancetur, se não como cobrador, então com outra função. “É injusta a demissão dos trabalhadores, assim como também é injusto com a população a perda de passes já adquiridos, em decorrência da troca de empresas”. Para os cobradores que estão se sentindo oprimidos e não querem realizar o acordo, Oliveira orientou que não cedam.