Além de elaborar requerimento, vereador somou forças com moradores do Jardim do Lago que recorreram à Justiça
O promotor da Saúde Pública, Rafael Augusto Pressuto, reiterou o parecer favorável à remoção de capivaras no Parque Ecológico do Jardim do Lago, conforme pedido da Associação de Moradores do Jardim Aeroporto e Região feito à Justiça em 2018. Na época, o vereador Dr. Marcelo Rossi (PSD) visitou o local, protocolou o Requerimento Nº 484/2018 na Câmara Municipal e sugeriu a ação.
No documento, juntado no processo no último dia 21, o promotor acatou os argumentos dos moradores que reforçaram a necessidade de preservação da saúde coletiva, embora a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente tenham considerado a remoção inviável. “Apesar de os órgãos alegarem que outros grupos de animais poderão surgir no local, o promotor concordou com a necessidade de preservação da vida humana. A Prefeitura, bem como outros departamentos, deveria adotar medidas preventivas”, opina Dr. Marcelo. O caso segue agora para decisão do juiz.
Em julho de 2018, Dr. Marcelo visitou o parque e fez um requerimento com pedido de providências à Prefeitura. No mês seguinte, voltou e encontrou um cenário que exigiu soma de forças com a população, além do instrumento legislativo. O vereador insistiu na necessidade do equilíbrio racional entre o meio ambiente e o desenvolvimento, porém ressaltou a importância de preservar a vida, transferindo os animais para um local mais viável. “Além do risco de transmissão de febre maculosa pelo carrapato estrela, também nos atentamos às condições das capivaras. Pelo menos três animais estavam machucados”.
Dr. Marcelo realizou na ocasião uma enquete com 2 mil participações, e 77% pediram a remoção dos animais. Uma moradora alegou que os animais estavam sendo encontrados nas calçadas das residências e pediu que as autoridades não esperassem acontecer fatalidades para tomar medidas drásticas.
De acordo com o vereador, ainda na época, em toda a região de Campinas, 54% dos casos de febre maculosa resultaram em morte: das 35 pessoas contaminadas pela doença, 19 não sobreviveram. Em Limeira, já havia dois casos com desfecho fatal quando o pedido foi feito.
Em sua última manifestação no processo, a Associação de Moradores pontuou que a própria Secretaria Estadual de Meio Ambiente se manifesta no sentido de que medidas de manejo devem ser tratadas com prioridade para controle do vetor, “o que não em acontecendo, vez que o pedido para realização de sorologia nas capivaras foi solicitado em 2017 e, até a presente data, não há nos autos qualquer documento que comprove quando tal procedimento será de fato realizado”.
*Informações do Gabinete Parlamentar