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Idosos participam de oficina sobre fake news na Câmara Municipal de Limeira

Aula foi produzida com explicações e dicas para não cair nas noticias falsas

Data de publicação: 09/11/2018 14:51 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Idosos participam de oficina sobre fake news na Câmara Municipal de Limeira
Idosos participam de oficina sobre fake news na Câmara Municipal de Limeira

Com o objetivo de explicar o que são e como distinguir as notícias falsas das verdadeiras, o Departamento de Imprensa da Câmara Municipal de Limeira, formado pelos jornalistas Alexandre Brandão, Bruna Carvalho e Cristiane Scardelai, apresentou nesta sexta-feira, 9 de novembro, a oficina “Fake news, na dúvida não compartilhe” aos idosos matriculados no Curso de Inclusão Digital e Uso da Tecnologia para Terceira Idade. O curso é promovido pela Escola Legislativa Paulo Freire, em parceria com a organização Enactus, da Unicamp, e com o CRAS Marilena Pinto Ramanho, do Ceprosom.

Após entregues as placas “Compartilho” e “Não compartilho”, a aula teve início com a exposição de um vídeo, em que ao final, os idosos deveriam levantar suas placas de acordo com suas opiniões em relação a veracidade do conteúdo abordado. O vídeo, que na verdade tratava-se de uma fake, alegava a produção de ovos de plásticos na China que eram vendidos no Brasil; com este exemplo, a oficina seguiu com a explicação do que são as notícias falsas e por quais razões são feitas e compartilhadas.

Para Bruna, ao contrário do que se pensa, as fake news surgem para reforçar crenças. “É natural que quando recebemos um conteúdo que está alinhado com o que pensamos, acreditamos que seja real quando na verdade devemos desconfiar. A maior armadilha da Fake News é essa, reforçar crenças”, enfatizou.

Ainda de acordo com a jornalista, existem diversos motivos que levam ao impulsionamento de notícias falsas, sendo os mais comuns a inocência, a apuração incompleta e as segundas intenções, esses que levaram os portais jornalísticos a produzirem até mais conteúdos que desvendem fake news do que notícias de fatos, em consideração à gravidade dos problemas que são gerados em decorrência a esses textos. Como complemento à explicação, Bruna levou casos de violência que aconteceram motivados por informações falsas, como o ataque a uma pizzaria nos Estados Unidos, a crise dos rohingya e a morte de Fabiana de Jesus.

As fake news, segundo Cristiane, estão na moda por conta da internet, mas não existem de agora. “Elas existem antes mesmo da internet, desde que o mundo é mundo. A diferença é que com a internet se potencializou e agora uma mesma mensagem pode chegar a todos ao mesmo tempo”, justificou. Para melhor ilustrar, a jornalista também abordou histórias como a vida na lua, a revolta da vacina e a guerra dos mundos; notícias falsas que ganharam grande repercussão, antes do surgimento da internet.

Como e por que as pessoas que compartilham informações falsas podem ser denunciadas e responderam a processos, foi outro tema abordado durante a oficina. De acordo com Bruna, notícias que carreguem em seu conteúdo calúnias, difamações ou injúrias são entendidas como atentado contra a honra e já há pessoas que estão sendo obrigadas a pagarem por indenização. Para evitar essas circunstancias, Cristiane apresentou dicas aos idosos, de forma a se atentarem antes de compartilharem informações, as dicas são: refletir, desconfiar, ler a matéria completa, conferir datas e fontes e pesquisar em sites de checagem ou Google.

Para finalizar, Alexandre indicou páginas e ferramentas para checagens de conteúdos e explicou: “jornalistas erram e podem fazer coisas mal-intencionadas, mas a diferença é que jornais grandes e conhecidos podem ser encontrados, têm sede, dono e CNPJ, então se alguém sentir-se prejudicado pode procurá-los ou acioná-los juridicamente”.

O jornalista ainda alertou “antes de clicarem em conteúdos com link, apurem. Isto funciona como aquelas pegadinhas de banco, você clica e de repente pode ter os seus dados roubados”. Para descobrir se uma informação é fato ou mentira, ele ainda citou os sites de checagem como Boatos.org e E-farsas.com.

Para Cleusa Pizani, integrante do grupo Amigos da Vila Queiroz, a oficina proporcionou grande aprendizado. “Foi ótimo, não sabia desses sites de checagem. E acho que nós costumamos ir muito pelo emocional, sem saber se é verdade ou não, podemos até prejudicar um inocente. Foi excelente, aprendi que a gente pode descobrir quando é verdade ou não, valeu muito”, relatou.