Palavra Livre: MP arquiva denúncia contra Dr. Raul

Palavra Livre: MP arquiva denúncia contra Dr. Raul

Data de publicação: 02/02/2010 00:00 | Categoria: Do Gabinete | Fonte: Do Gabinete Parlamentar


Seis minutos. Este foi o tempo que o vereador Dr. Raul Nilsen Filho (PMDB) teve para apresentar na “Palavra Livre” (momento que o vereador se inscreve, ao final dos trabalhos legislativos, para se pronunciar sobre temas diversos) - sua defesa e desabafo sobre a matéria publicada no Jornal “Gazeta de Limeira” edição de agosto de 2009, onde foi acusado pela reportagem de exercer a medicina no Legislativo.
“Foi a coisa mais difícil que passei em minha vida. Trabalho com saúde publica desde o inicio de minha carreira, sou professor de medicina, dedico minha vida a saúde pública. Medicina e ciências médicas são as paixões de minha vida”, iniciou o vereador ao expor os momentos difíceis que passou a partir da referida reportagem.
Sobre o papel da imprensa Dr. Raul reforçou que ela é o quarto poder e o sustentáculo da democracia. “Mas esta mesma imprensa precisa ter tranquilidade, imparcialidade e investigação séria para apresentar os fatos. Na época que fui acusado de fazer atendimentos em meu gabinete tive que me calar e aguardei a manifestação do Judiciário e Ministério Público”, disse o vereador.
No relatório do Ministério Público, referente ao inquérito civil nº. 31/2009, da Promotoria de Justiça da Cidadania de Limeira, que “apurou eventuais irregularidades na conduta adotada pelo edil Raul Nilsen Filho, pois supostamente, realiza atendimento médico em seu gabinete nas dependências da Câmara Municipal de Limeira, utilizando, inclusive, receituário médico do SUS, enquanto afastado de suas funções, assim como encaminhando pacientes a outros médicos, desrespeitando a ordem cronológica do SUS”, o MP pede o arquivamento do inquérito.
O relatório do MP concluiu que não houve qualquer irregularidade na conduta do vereador. “Nada de irregular ou ilegal existe na situação de um vereador, que também é médico, auxiliar seus representados, ainda que afastado desta última função mediante pedido de licença sem vencimentos, eis que, com visto, não realizava consultas, mas apenas prestava auxílio ao povo. Não houve qualquer prática que afronte a Lei nº. 8429/92, por não restar comprovada a existência de ato de improbidade administrativa. Não há interesse processual apto a validar o ajuizamento de ação civil pública e diante de todo exposto, a promoção de arquivamento do inquérito civil é a medida que se afigura imperiosa, nos termos do artigo 9º, caput, da Lei 7.347/85”, assinou o promotor de justiça de Limeira, Cleber Rogério Masson.
“A imprensa tem de ter lisura e investigar. Deve ser responsável e não jogar o nome de uma pessoa que construiu sua vida com base no trabalho e seriedade a esmo. É preciso que a imprensa faça uma  investigação pertinente”, sugeriu o vereador.
“Vivi um momento negro. Fui taxado. Perdi a segurança da minha fala”, declarou o vereador. “Agradeço hoje a todos os vereadores que me apoiaram neste momento e me deram a oportunidade de me defender”, finalizou o vereador.
“Dr. Raul, nunca duvidamos da sua lisura e parabéns. Em relação ao senhor a justiça foi feita e estamos felizes em saber deste desfecho”, disse o presidente da Câmara, Eliseu Daniel (PDT).