A satisfação dos servidores municipais com o atendimento hospitalar do Hapvida, antes Medical, foi pauta da reunião da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, dos Direitos do Consumidor, dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos Direitos do Idoso nesta quinta-feira, 30 de março. O colegiado ouviu esclarecimentos do diretor médico da unidade, Rafael Camargo, e do diretor regional, Alexandre de Oliveira Almeida. 

A reunião foi motivada por reclamações recebidas pelo colegiado e que são acompanhadas desde o final de 2021, quando os vereadores receberam levantamento conduzido pela Prefeitura, no qual o índice de insatisfação dos usuários chegou a 70%. Na reunião desta semana, o colegiado retomou o processo administrativo em trâmite para ouvir os representantes do hospital sobre a qualidade dos serviços oferecidos, um ano após a realização de visita ao local.  

O diretor médico Rafael Camargo explicou que tomou ciência das queixas em 2022, quando foi apurada a insatisfação nos meses de janeiro, fevereiro e março. Ele esclareceu que, em dezembro de 2021, ocorreu mudança do sistema operacional do hospital, que precisou estabelecer nova operacionalização, gerando um impacto. “Ninguém deixou de ser atendido, mas entendemos que houve atraso no atendimento. Depois de seis meses, conseguimos que toda parte médica, de enfermagem e administrativa, criasse o fluxo correto”, informou.

O gestor do hospital mencionou que, em janeiro de 2022, teve como agravante o surto de covid que aumentou a demanda dos serviços. “A média histórica é de cerca de 12 mil atendimentos por mês, em janeiro daquele ano tivemos quase 18 mil atendimentos, o que acabou piorando ainda mais no momento de transição do sistema. Isso gerou insatisfação, mas ninguém deixou de ser atendido”, descreveu o médico, informando que desde que os processos foram restabelecidos dentro do novo sistema o índice de satisfação cresceu. “Houve uma melhora significativa nas reclamações”, ponderou. 

O diretor informou que se mantém disponível para atender qualquer demanda que surgir na Comissão referente ao serviço hospitalar.

Diante da ausência de novos encaminhamentos de denúncias, o colegiado deliberou o arquivamento do processo.      

Denúncia

Na reunião desta semana, os vereadores da Comissão também acolheram denúncias de pacientes com câncer em estágio avançado, 35 no total, que tiveram o tratamento da doença negado pela operadora de plano de saúde. Elas citaram dificuldade para ter acesso a medicamentos e exames específicos.  

Reuniões

Integram a Comissão a vereadora Isabelly Carvalho (PT), presidente; os vereadores João Bano (Podemos), vice-presidente; e Sidney Pascotto, Lemão da Jeová Rafá (Podemos), secretário.  As reuniões ocorrem ordinariamente às quintas-feiras, a partir das 10h30.

O colegiado é responsável por analisar proposituras voltadas às temáticas abrangidas pelo colegiado, bem como acolher e investigar denúncias de violações de direitos e fiscalizar as ações voltadas à proteção de direitos, sejam individuais, coletivos ou do consumidor.

Na reunião desta semana, os membros elaboraram pareceres favoráveis a quatro projetos, conforme a ata.