Em visita ao local, colegiado criticou ausência de representante da Prefeitura na diligência
O Residencial Rubi foi alvo de diligência da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara nesta terça-feira, 28 de junho. O colegiado esteve em três ruas nas proximidades dos condomínios Residencial Rubi III e IV. Durante a visita técnica, os vereadores conversaram com moradores e observaram as condições do asfalto, que apresenta trechos deteriorados, com pedregulhos, buracos, além de desnível e trincamentos. A Prefeitura não enviou representante para acompanhar o trabalho do Legislativo.
Participaram da ação os vereadores Helder do Táxi (MDB), Ceará (Republicanos) e Waguinho da Santa Luzia (Cidadania), além da subsíndica do Residencial Rubi IV, Rejane Alves dos Santos. O colegiado averiguou os problemas apontados pelos munícipes com o auxílio da Consultoria Técnica Especializada da Câmara, representada pelo servidor Fernando Mazzeo Grande.
O risco de acidente com vítimas é o principal motivo de preocupação dos moradores, segundo Rejane Alves. Por conta dos buracos e dos afundamentos no asfalto, ela disse já ter testemunhado duas quedas de motociclistas na Rua Valdomiro dos Santos. “Em um acidente, uma moça caiu da moto ao tentar desviar do buraco, acabou quebrando o dente. Em outro, o motociclista machucou a mão. A gente teme pela vida de quem passa por aqui”, alertou a subsíndica.
Eles relataram que há mais de três anos se queixam dos danos no asfaltamento e da qualidade das restaurações. “Os reparos são feitos em um trecho, mas logo surgem em outro ponto”, criticou o munícipe Murilo Alexandre Borges. Os problemas se repetem nas ruas Sebastião Teixeira e Luis Guilherme Boim, já visitadas em 2018 pelo colegiado. As trincas, deformações e desagregações no asfalto foram apontadas em relatório técnico produzido pelo servidor Fernando Mazzeo naquele ano.
Os apontamentos também estão presentes na Indicação Nº 2927/2021, de autoria de Waguinho da Santa Luzia. No documento protocolado no ano passado, ele pediu urgência à Prefeitura na substituição ou restauração do pavimento asfáltico no Residencial Rubi.
“É uma vergonha a situação do asfalto, podendo causar acidentes para motoristas e pedestres. Desde 2018, estamos cobrando melhorias, mas até o momento foram apenas medidas paliativas. O que me parece é que para os pobres pode ser feito de qualquer jeito; isso é inaceitável”, manifestou o vereador Waguinho.
Na resposta do Executivo à indicação do parlamentar, o secretário de Obras e Serviços Públicos, Dagoberto Guidi, informou em 2021 que os reparos deveriam ser executados em questão judicializada. “Não houve solução amigável com a empresa executora para solucionar os problemas referentes à pavimentação asfáltica do Residencial Rubi que ainda está no prazo de garantia”, justificou.
Prefeitura
O colegiado criticou a ausência de um representante da Prefeitura durante a visita técnica nesta terça-feira e antecipou que vai convocar o secretário de Obras, na próxima reunião ordinária para esclarecimentos. “Parte da diligência de hoje no Rubi ficou prejudicada pela ausência do Executivo”, apontou o presidente Helder do Táxi.
Segundo o parlamentar, em 14 de junho o secretário Dagoberto enviou ofício ao colegiado confirmando a presença do diretor de Manutenção, Tikara Okawada, na diligência. “Porém, não havia ninguém do Executivo na visita. A Comissão fez a parte dela de fiscalizar, enquanto a Prefeitura, que tem o dever de resolver o problema, não esteve no local. É um desrespeito com os vereadores e com a população”, enfatizou Helder.